Vivemos para o fim
Esse post é apenas uma reflexão.
Certa vez, uma pessoa num bar me disse: “a vida não é um checklist” e essa frase ficou comigo.
Recentemente eu assisti uma animação chamada “Carol e o fim do mundo”, na qual o mundo irá acabar em poucos meses e então as pessoas entram num frenesi de viajar pelo mundo e ter hobbies/desenvolver habilidades , o que eu achei bem interessante, pois parece que é essa ideia que temos sobre “aproveitar a vida”.
Seria esse um resquício dos: “50 lugares para conhecer antes de morrer”, “250 filmes para assistir antes de morrer”, “100 coisas para fazer antes de morrer”?
Meu ponto é: estamos colocando metas e objetivos em tudo. Transformamos a vida num trabalho. Um hobby não pode ser apenas uma atividade prazerosa, tem que ser uma habilidade que terá que ser desenvolvida ao máximo.
Se você gosta de correr, não tem porque parar nos 5km, por que não correr 10km, 15km, 20k? Tudo “precisa” ser melhorado, aprimorado.
Desde a minha adolescência, meu sonho era conhecer o mundo todo, viajar o máximo possível. Hoje eu percebi que, sim, viajar é bem legal, mas isso não pode ser um objetivo, porque a vida não precisa de um objetivo. Também me pergunto o quanto isso foi influenciado pelo o que eu assistia na televisão.
E não, não estou falando que não é pra pensar no futuro, se planejar e tal. Mas que viver de metas e objetivos é ruim, gera ansiedade e faz com que vivamos completamente focados no futuro.