10 lições e/ou fatos aleatórios sobre o mundo dos investimentos que eu teria gostado de ler 10 anos atrás

  1. O ticket do famoso ETF VOO se deve ao fato de “V” ser o 5 em algarismos romanos. Assim, VOO = 500 em referência ao índice S&P 500.

  2. Se você tem mais de 8 ativos em renda variável, então você provavelmente tem uma rentabilidade menor e com mais risco que alguém com 2 ou 3 ETFs internacionais.

  3. Em 1973, Buffett começou a comprar ações da empresa Washington Post e investiu um total de US$ 11 milhões. Após o investimento, o preço das ações do Washington Post caiu 20% e permaneceu nesse nível por três anos. No entanto, até o final de 2007, a participação de Buffett no Washington Post havia crescido mais de 10.000% e valia US$ 1,4 bilhão.

  4. Se você tem casa própria, então já possui em torno de 30-60% do seu patrimônio em mercado imobiliário.

  5. Seu trabalho, seu salário e seus gastos já estão no país em que você vive. Concentrar seus investimentos em empresas desse mesmo país é uma super exposição quase suicida.

  6. O Ouro não irá te proteger da inflação, muito menos de crises.

  7. No ponto mais baixo em 2009, as ações dos EUA voltaram ao mesmo nível de 1996. Já no Japão elas voltaram ao patamar de 1980. Crises são como máquinas do tempo no mundo das finanças.

  8. Alterando o início de sua análise, você pode sustentar opiniões totalmente contraditórias — muito cuidado! Por exemplo: O ouro e o Dow Jones estavam ambos em 800 em 1980. Hoje, o ouro está em $2.618 por onça, e o Dow Jones está próximo de 43 mil. Desde o pico da bolha das dotcom, o ouro subiu 620%. As ações subiram 470%, incluindo dividendos.

  9. O fundo de hedge Long Term Capital Management (LTCM) contava com vários PhDs e até dois ganhadores do Prêmio Nobel, Myron Scholes e Robert Merton. Warren Buffett afirmou que o grupo provavelmente tinha o maior QI médio entre qualquer equipe de 16 pessoas trabalhando juntas nos EUA. O LTCM foi fundado em fevereiro de 1994, mas faliu alguns anos depois. Um dólar investido no fundo em fevereiro de 1994 virou apenas 30 centavos em setembro de 1998. Na época Buffet comentou o óbvio: investimentos é mais sobre controlar emoções que sobre saber fazer foquetes complexos.

  10. John Maynard Keynes foi um excelente investidor prodissional e, depois de se ferrar tentando prever o mercado, concluiu sozinho que o negócio certo é o “buy & hold”. De fato, os professores de finanças David Chambers e Elroy Dimson publicaram, em 2013, um artigo intitulado “John Maynard Keynes, Investment Innovator”. O estudo detalhou a carreira de Keynes como investidor profissional entre 1921 e 1946, período em que ele gerenciava o fundo patrimonial do King’s College, na Universidade de Cambridge.

Chambers e Dimson descreveram o estilo de investimento de Keynes nos primeiros anos como “utilizar indicadores monetários e econômicos para escolher o momento de alternar entre ações, renda fixa e dinheiro em caixa.” Em outras palavras, Keynes tentou fazer market timing. E teve dificuldades. De agosto de 1922 a agosto de 1929, o retorno de Keynes ficou 17,2% abaixo do mercado de ações britânico.

Keynes então decidiu mudar seu estilo de investimento. Ele abandonou a tentativa de prever o mercado e passou a focar no estudo de negócios. Foi assim que Keynes descreveu sua abordagem de investimento posterior:

“Com o passar do tempo, fico cada vez mais convencido de que o método correto de investimento é aplicar somas consideráveis em empresas sobre as quais se acredita saber algo e na gestão das quais se tem plena confiança.”

A partir daí Keynes garantiu retornos sólidos de 8% acima da média do mercado britânico.