Da primeira semana de submissão perene até sua presença permanente. Relato
Desde que levei o BDSM para meu relacionamento, o avanço da pauta se tornou gradualmente mais relevante. Decidimos iniciar o controle dos orgasmos como medida de afirmação de assimetria de poder. Eu, homem submisso, deveria ter orgasmos somente quando ela, mulher, permitisse. O acordo era bastante interessante, faríamos por um mês (embora eu já quisesse fazer permanentemente). Sempre quis que meu relacionamento fosse mais fundamentado na assimetria de poder, então achei a ideia interessante.
Comprei e passei a usar um dispositivo de castidade de metal, com 6 cm de comprimento (bastante apertado para mim, mas confortável o suficiente desde que flácido) e tranca interna. As duas chaves ficaram com ela, que ela prontamente escondeu. Conforme moramos juntos, ela podia me ver praticamente o tempo todo.
Cotidianamente, não foi difícil me adaptar ao dispositivo. Embora pesado, era confortável o suficiente para passar despercebido na maioria dos momentos. Tinha esperança que, se eu conseguisse usar sem reclamar, talvez pudesse me tornar um submisso permanentemente trancado, era um dos meus objetivos fundamentais.
Na primeira semana, nossas relações sexuais foram todas baseadas em muito sexo oral (da minha parte) e uso de vibradores e brinquedos. Não tive qualquer orgasmo. Durante cada ato, era quase impossível não se contorcer de desejo, mas o dispositivo era implacável, por seu tamanho, provocava significativo desconforto em ereção, mas era muito interessante, ao mesmo tempo, dar prazer e orgasmos sendo proibido do mesmo estímulo. Tentei, algumas vezes, me estimular mesmo sem permissão, mas o dispositivo fez muito bem seu papel.
Na segunda semana, fora de relações sexuais, a estrutura de hierarquia se tornou mais óbvia. Ela usava a castidade como método de controle, de modo que, por exemplo, determinadas tarefas deveriam ser realizadas no momento em que quisesse, sob justificativa de que o bom comportamento seria recompensado com orgasmos. Ele efetivamente veio. Depois de várias relações sexuais frustradas, um belo sexo oral destrancado foi dado de presente pela submissão pelas duas semanas. Foi o orgasmo mais violento da história, com sensações viscerais inacreditáveis daquele pênis negado por mais tempo do que jamais o havia sido na vida. Logo que terminou, no entanto, voltou para seu lugar, novamente apertado e trancado.
As duas semanas seguintes foram semelhantes. A vida sexual passou a ser focada no prazer dela, que aprendeu a gostar de ter o controle nas mãos. O efeito mais proeminente foi a desinibição da vergonha. Mulheres muitas vezes têm vergonha de passar instruções na cama. Ela perdeu gradativamente esses pudores, definindo como queria seus estímulos, quando os queria e quando não os queria. Posteriormente, passou a perguntar se eu queria orgasmos e começou a oferecê-los se eu fosse capaz de chegar a eles com penetração anal. Rejeitei no começo, preferia ficar sem gozar. Acabei aceitando posteriormente.
A sensação de receber o sexo com penetração é estranha, definitivamente nada comum. Ao mesmo tempo que eu não consigo sentir qualquer prazer físico com isso, a sensação de receber sexo anal como única modalidade de sexo permitida para o submisso de castidade desencadeia uma sensação de submissão tão forte que torna uma atividade destituída de prazer físico como um dos atos mais tarados e prazerosos que já fiz. No entanto, ainda não aprendi a ter orgasmos assim, apesar de já ter feito dezenas de vezes, muitas vezes mais do que a quantidade se orgasmos que ganhei desde que me tornei trancado.
Quando percebi, já havia muito mais tempo do que as quatro semanas. Já há mais de 7 meses que faço esse papel submisso. As exigências aumentaram significativamente, assim como a submissão teve que aumentar na mesma medida. Curiosamente, aquela euforia insobrepujável da primeira semana se acalmou. Aprendi a sentir prazer só pelo ato submisso em si. Tive bem poucos orgasmos, menos de 10 nos meses todos, mas as experiências sexuais cresceram. Ela, por outro lado, passou a ter tantos orgasmos que mal consegue contar, muitos a mais do que tinha quando tínhamos uma relação simétrica. Os atos de dominância se proliferaram, desde humilhações a amarrações e coleiras. De todos os menos de dez orgasmos, nenhum deles veio com sexo vaginal tradicional. Não a penetro desde que começamos esse esquema de relação. A maioria deles têm sido o pelo direito de se ajoelhar em pose humilhante na frente de seus pés descalços estendidos e iniciar masturbação com as próprias mãos até chegar lá. Por mais interessante que pareça, mesmo esse simples método de orgasmo têm sido tão poderoso quanto um sexo vaginal intenso era antes. Quando o comportamento submisso da minha parte é mais pronunciado e elogiado, posso até mesmo lamber os pés enquanto chego ao orgasmo. Extraordinariamente, algo a mais acontece.
Poucas vezes, tentei ter orgasmos sem permissão. Mas das vezes em que aconteceram tentativas, especialmente depois do primeiro mês, houve punição, mas isso é para outro relato.